Temos que ser pragmáticos, fazendo o que temos que fazer agora Dagoberto Lima Godoy Existe muito no meio empresarial uma certa tendência, ao participar da vida política e nas ocasiões eleitorais, de, pragmaticamente, pensar em todas as possibilidades. E um pensamento que possa existir por aí é de que: "Olha, empresário não pode, até fica mal para empresa dele, ele se expor. Porque, vamos que dê o outro lado, como é que eu fico? Eu tenho que ficar bem com todos.” O que eu tenho afirmado é que isto é uma falácia. Empresário jamais ficará bem com uma corrente política que nega a essência empresarial. Que vê no empresário um inimigo da sociedade. Que caminha ainda nas velhas ideias da socialização, da comunização. Que proscreve o capital, que coloca tudo sempre em termos de conflito capital versus trabalho. Isso é uma ilusão. É justamente ao contrário, mesmo para esses que querem ser pragmáticos até o último caminho. Nós temos que ser pragmáticos, fazendo o que temos q
GAIOLA DOURADA Dagoberto Lima Godoy Cidadão brasileiro O clima de radicalização que domina o cenário pré-eleitoral faz pensar sobre o que governa posições tão antagônicas. Vem-me a imagem de uma gaiola dourada, tão atraente quando de fora olhada, e ela me faz lembrar de outra prisão, tão enfeitada quanto enganadora. A ideologia é para ser um conjunto de ideias e valores a nos orientar enquanto buscamos a própria felicidade e a inspiração para fazermos a nossa parte na construção de um modo melhor para todos. Mas, cuidado! Ela pode também se apresentar como um sistema astuciosamente montado e ornamentado para nos atrair, tal como as migalhas feitas iscas no alçapão que aprisiona o pássaro. Mais que as grades da gaiola, que se deixam ver pelo prisioneiro, as barreiras ideológicas são como placas de cristal que, sem que você se dê conta, enquanto o mantêm prisioneiro, filtram as imagens que lhe chegam do mundo lá fora. E esse não é o real, mas a caricatura traçada por líderes carismá