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  Temos que ser pragmáticos, fazendo o que temos que fazer agora Dagoberto Lima Godoy   Existe muito no meio empresarial uma certa tendência, ao participar da vida política e nas ocasiões eleitorais, de, pragmaticamente, pensar em todas as possibilidades. E um pensamento que possa existir por aí é de que: "Olha, empresário não pode, até fica mal para empresa dele, ele se expor. Porque, vamos que dê o outro lado, como é que eu fico? Eu tenho que ficar bem com todos.” O que eu tenho afirmado é que isto é uma falácia. Empresário jamais ficará bem com uma corrente política que nega a essência empresarial. Que vê no empresário um inimigo da sociedade. Que caminha ainda nas velhas ideias da socialização, da comunização. Que proscreve o capital, que coloca tudo sempre em termos de conflito capital versus trabalho. Isso é uma ilusão. É justamente ao contrário, mesmo para esses que querem ser pragmáticos até o último caminho. Nós temos que ser pragmáticos, fazendo o que temos q
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  GAIOLA DOURADA Dagoberto Lima Godoy Cidadão brasileiro   O clima de radicalização que domina o cenário pré-eleitoral faz pensar sobre o que governa posições tão antagônicas. Vem-me a imagem de uma gaiola dourada, tão atraente quando de fora olhada, e ela me faz lembrar de outra prisão, tão enfeitada quanto enganadora. A ideologia é para ser um conjunto de ideias e valores a nos orientar enquanto buscamos a própria felicidade e a inspiração para fazermos a nossa parte na construção de um modo melhor para todos. Mas, cuidado! Ela pode também se apresentar como um sistema astuciosamente montado e ornamentado para nos atrair, tal como as migalhas feitas iscas no alçapão que aprisiona o pássaro.  Mais que as grades da gaiola, que se deixam ver pelo prisioneiro, as barreiras ideológicas são como placas de cristal que, sem que você se dê conta, enquanto o mantêm prisioneiro, filtram as imagens que lhe chegam do mundo lá fora. E esse não é o real, mas a caricatura traçada por líderes carismá
  O HOMEM QUER SER DEUS Observando a inquietação que parece afligir a maioria das pessoas, penso que a razão de assim ser é a existência, no ser humano, de uma compulsão para preencher um vazio existencial difícil de identificar. Imagino que tal carência indica que o ser humano tem uma irresistível vocação para participar ativamente da evolução, a mesma que o trouxe desde o estado mais primário da energia-matéria até o estágio atual, em que, por ser dotado de autoconsciência e da capacidade de imaginar e lucubrar, ele se diferencia de tudo quanto o antecedeu. Sri Aurobindo vai mais longe, ao afirmar que essa carência se deve   “ao anseio do homem pela espiritualidade [o que] é uma indicação incontestável da íntima propensão do Espírito interior para emergir, sua insistência rumo ao próximo passo de Sua manifestação”. Pergunto, então, como poderá o homem continuar a evoluir?   Quando satisfará anseio tão elevado? O monge sankaracarya Sri Bharati Krsna nos convida a buscarmos
MEU PAI   JACINTHO “ Os homens verdadeiramente superiores em qualquer situação da vida, quer por sua indústria ou integridade, quer pela elevação de seus princípios ou pureza e retidão de intenções, impõem espontaneamente respeito. É natural crer em tais homens, ter confiança neles e imitá-los. Tudo que é bom é sustentado por eles, e sem eles não valeria a pena viver neste mundo.” – SAMUEL SMILES     Vê como é a vida ... Teu pai se foi há mais de vinte e cinco anos e tu pensas nele praticamente todos os dias, sonhas com ele muitas e muitas noites, tens na sua lembrança um esteio e um guia ... Mas, quando pedem que tu escrevas alguma coisa sobre ele, vem a perplexidade.   Pôr no papel todas as suas recordações, dizer tudo o que ele significou na tua vida ... Tarefa impossível, além do que qualquer tentativa estouraria o espaço oferecido e espantaria os improváveis leitores.   A saída é procurar a essência. No caso do meu pai, Jacintho, a lembrança essencial é a da força
O ESTADO DE S. PAULO 22 de fevereiro de 2018 A OIT e a reforma trabalhista José Pastore e Dagoberto L. Godoy Provocados por uma denúncia da CUT, um comitê de técnicos nomeados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), sem poder deliberativo, apresentou duas críticas à reforma trabalhista do Brasil no Report of the Committee of Experts on the Application of Conventions and Recommendations, 2018. 1. O Comitê entendeu que a prevalência do negociado sobre o legislado, consagrada pela Lei 13.467/2017, é contrária ao objetivo de promover negociações coletivas livres e voluntárias, constante da Convenção 98 da OIT. Essa crítica demonstra um total desconhecimento da realidade brasileira. A nova lei reafirmou como inegociáveis 30 direitos garantidos pela Constituição e abriu a possibilidade de se negociar livremente 15 direitos, determinando que o negociado seja respeitado pela Justiça do Trabalho. Trata-se, portanto, de uma inegável valorização da negociação coletiva,
A “inovofobia”, desde bem antes do ludismo As inovações e os avanços tecnológicos sempre chocaram as sociedades estabelecidas, o que se poderia chamar de “inovofobia”. Por isso costumam ser rejeitados, mesmo quando evidentes seus benefícios para a maior produtividade do trabalho humano e, consequentemente, para a esperança de uma melhor qualidade de vida para os trabalhadores. Por isso mesmo, uma invenção como o moinho d’água teve que esperar muitos séculos para ser adotada em larga escala, porque, quando surgiu, no século I A.C., seu uso ameaçou liberar muitos escravos do pilão. E bem antes do pânico dos “ludistas” diante da máquina a vapor e do tear mecânico (na primeira revolução industrial), houve o caso da atitude do imperador Vespasiano. Quando ele reconstruía o Capitólio, um artesão ofereceu-lhe um dispositivo inovador, capaz de transportar as pesadas colunas de mármore, colina acima, poupando o esforço de muitos homens. Que fez o imperador? Deu um prêmio ao inventor, mas..
Um romance histórico-ficcional sobre a formação da cultura do imigrante italiano, na região da Serra Gaúcha. Disponível em e-book, na Amazon.com.