De onde virão os empregos?
Mesmo os keinesianos irredutíveis terão que descartar, nas circunstâncias brasileiras atuais, a opção do emprego público. O ajuste fiscal está no topo da ordem do dia, justamente porque o exagero nos gastos com pessoal, sem a satisfatória contrapartida nos serviços prestados à população, está claramente identificado como uma das principais causas do já insuportável endividamento público. A resposta só pode vir, então, do setor privado. Mas por aí, também, o horizonte anda carregado, como sobrecarregadas estão as empresas nacionais, com a retração dos mercados, os juros escorchantes, os impostos insaciáveis, enfim, o chamado Custo Brasil, que inferioriza a produção brasileira na competição globalizada.
Não haverá, então, saída?
Tem que haver, ainda que o desemprego também assole muitos países desenvolvidos. Aqui no nosso, mesmo sendo a solução ainda mais complicada, temos que ter um plano. Com certa ousadia, tento esboçar os dois objetivos fundamentais:
Primeiro: Salvar os empregos existentes. Isso será possível preservando e incrementando a competitividade das nossas empresas. Esta é uma tarefa hercúlea que exige: a) do lado empresarial, uma busca constante de qualidade e produtividade, desenvolvimento do pessoal, promoção de marca, renovação de produtos e tecnologias, alianças estratégicas, ampliação de mercados, capitalização, etc.; e, b) do lado governamental — em indispensável conjugação de esforços entre União, Estados e Municípios — a moderação do Custo Brasil (juros sufocantes, voracidade e perversão do sistema tributário, desatualização da legislação do trabalho, infraestrutura econômica e social deficiente, burocratização) e a defesa da produção nacional contra a concorrência estrangeira desleal, quando desvirtuada por subsídios e “dumpings”.
Segundo: Viabilizar novos investimentos, sem os quais não haverá mais empregos sustentáveis. Este é um desafio que se põe, de fato, só aos governos, eis que os capitais privados são naturalmente ávidos de novas oportunidades. Cabe, portanto, aos governantes remover os obstáculos e criar as melhores perspectivas para um retorno atraente aos investimentos desejados.
Governo que quer gerar empregos cumpre, em primeiro lugar, a tarefa descrita acima e terá, no sucesso das empresas já existentes em seu território, a melhor propaganda para estimular os investidores e os reinvestidores potenciais. Em segundo lugar, constrói o mais poderoso sistema de estímulos possível, que inclui desde informações institucionais e logísticas, completas e sistematizadas, até incentivos creditícios e fiscais, de fácil compreensão e máxima confiabilidade. E, mais importante que tudo, para o investidor de longo prazo — que é o que mais nos interessa — cria um ambiente de receptividade, confiança e apreciação pela iniciativa privada, garantindo a estabilidade das regras do jogo, por um período de tempo compatível com o do retorno dos investimentos.
Por último, governo que quer gerar empregos pratica a poupança pública, reservando parte dos impostos pagos pela população para ampliar a infraestrutura econômica e os serviços públicos essenciais. Para tanto, não hesita em utilizar-se das privatizações e das delegações a operadores privados, para vedar vazamentos das finanças públicas, fazer economia e, até, realocar recursos comprometidos em estatais problemáticas, deles dispondo para aplicações mais produtivas.
Não haverá, então, saída?
Tem que haver, ainda que o desemprego também assole muitos países desenvolvidos. Aqui no nosso, mesmo sendo a solução ainda mais complicada, temos que ter um plano. Com certa ousadia, tento esboçar os dois objetivos fundamentais:
Primeiro: Salvar os empregos existentes. Isso será possível preservando e incrementando a competitividade das nossas empresas. Esta é uma tarefa hercúlea que exige: a) do lado empresarial, uma busca constante de qualidade e produtividade, desenvolvimento do pessoal, promoção de marca, renovação de produtos e tecnologias, alianças estratégicas, ampliação de mercados, capitalização, etc.; e, b) do lado governamental — em indispensável conjugação de esforços entre União, Estados e Municípios — a moderação do Custo Brasil (juros sufocantes, voracidade e perversão do sistema tributário, desatualização da legislação do trabalho, infraestrutura econômica e social deficiente, burocratização) e a defesa da produção nacional contra a concorrência estrangeira desleal, quando desvirtuada por subsídios e “dumpings”.
Segundo: Viabilizar novos investimentos, sem os quais não haverá mais empregos sustentáveis. Este é um desafio que se põe, de fato, só aos governos, eis que os capitais privados são naturalmente ávidos de novas oportunidades. Cabe, portanto, aos governantes remover os obstáculos e criar as melhores perspectivas para um retorno atraente aos investimentos desejados.
Governo que quer gerar empregos cumpre, em primeiro lugar, a tarefa descrita acima e terá, no sucesso das empresas já existentes em seu território, a melhor propaganda para estimular os investidores e os reinvestidores potenciais. Em segundo lugar, constrói o mais poderoso sistema de estímulos possível, que inclui desde informações institucionais e logísticas, completas e sistematizadas, até incentivos creditícios e fiscais, de fácil compreensão e máxima confiabilidade. E, mais importante que tudo, para o investidor de longo prazo — que é o que mais nos interessa — cria um ambiente de receptividade, confiança e apreciação pela iniciativa privada, garantindo a estabilidade das regras do jogo, por um período de tempo compatível com o do retorno dos investimentos.
Por último, governo que quer gerar empregos pratica a poupança pública, reservando parte dos impostos pagos pela população para ampliar a infraestrutura econômica e os serviços públicos essenciais. Para tanto, não hesita em utilizar-se das privatizações e das delegações a operadores privados, para vedar vazamentos das finanças públicas, fazer economia e, até, realocar recursos comprometidos em estatais problemáticas, deles dispondo para aplicações mais produtivas.
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