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Mostrando postagens de março, 2017
Competitividade, de que jeito? Diante da globalização da economia, as empresas brasileiras estão acuadas por muitas demandas contraditórias, pouco compreendidas pelos demais setores sociais e, às vezes, mal percebidas pelos próprios empresários. Competitividade é a palavra de ordem, utilizada por todos, porém em contextos e com significados bem diversos, se não, vejamos: Os mesmos governos que franqueiam nossas fronteiras comerciais, justificando a abertura como meio de obrigar-nos a ser mais competitivos, são os responsáveis pela escalada de impostos que, nas três esferas federativas, consome bem mais de 30% do PIB, no custeio de burocracias pouco eficientes e nos juros da dívida pública. Oneram os custos de produção com tributos insaciáveis e pouco ou nada investem para enfrentar as crônicas deficiências de infraestrutura social e econômica. São incompetentes para combater o contrabando e permissivos com a pirataria, disfarçada na informalidade. Não fazem a reforma tribu...
De onde virão os empregos? Em tempos desta sofrida recessão, enquanto a insegurança ataca aqueles que ainda estão empregados e a desesperança abate os já desempregados, uma pergunta se impõe: de onde virão os empregos? Mesmo os keinesianos irredutíveis terão que descartar, nas circunstâncias brasileiras atuais, a opção do emprego público. O ajuste fiscal está no topo da ordem do dia, justamente porque o exagero nos gastos com pessoal, sem a satisfatória contrapartida nos serviços prestados à população, está claramente identificado como uma das principais causas do já insuportável endividamento público. A resposta só pode vir, então, do setor privado. Mas por aí, também, o horizonte anda carregado, como sobrecarregadas estão as empresas nacionais, com a retração dos mercados, os juros escorchantes, os impostos insaciáveis, enfim, o chamado Custo Brasil, que inferioriza a produção brasileira na competição globalizada. Não haverá, então, saída? Tem que haver, ainda que o dese...
A justiça do trabalho e o direito alternativo “O trabalho não é uma mercadoria” — O lema cultuado na Organização Internacional do Trabalho (OIT) baseia-se no fato de que o trabalho humano envolve os valores da dignidade do trabalhador, como pessoa, e da solidariedade com os semelhantes, como virtude do homem civilizado. Nada mais justo, embora fosse mais acertado dizer-se que o trabalho “não deve” ser tratado como mercadoria. Isto porque, na realidade do mercado global, ele é largamente manejado como um insumo produtivo, cujo custo constitui-se em um fator de peso no cotejo das vantagens econômicas comparativas. Sendo inequívoco que a gestão empresarial é diretamente condicionada, positiva ou negativamente, em maior ou menor grau, pelas diversas formas de regulação oficial — entre as quais se destaca a das relações do trabalho —, que variam de país para país, estas passam a constituir-se em diferenciais comparativos, cujos reflexos não podem ser desconsiderados. Por consequ...